Depois que o túmulo foi encontrado vazio, Jesus foi até os discípulos trazendo-lhes paz, embora tivesse motivos para estar decepcionado. Eles haviam perdido a confiança, haviam cedido ao medo.
Isso ainda acontece hoje em dia, porque muitas perguntas são baseadas no medo que nos apodera. E se… uma guerra nos sobrevier? …uma nova epidemia surgir? O desconhecido pode criar um medo paralisante! Os discípulos, assim como nós hoje, precisavam de paz.
A paz também foi a primeira mensagem que o Papa Leão XIV transmitiu à multidão na noite de sua eleição, pedindo que nossos corações fossem habitados pela paz do Cristo ressuscitado. A urgência dessa paz nos desafia a não hesitar em invocar o Espírito da paz e a não fechar os olhos diante de tanta injustiça.
Em vez de sermos vítimas do desânimo, devemos continuar a esperar no poder do Espírito de Deus, extraindo coragem das palavras do salmista: “Misericórdia e verdade se encontrarão, justiça e paz se beijarão” (Sal 85:10).
O Talmude judaico afirma que os quatro atributos mencionados nesse versículo do Salmo –misericórdia, verdade, retidão e paz– estão entre os sete atributos que estão ao serviço diante do Trono da Glória (cf. Avot DeRabi Natan 37:8), juntamente com sabedoria, justiça e bondade. Qualquer pessoa que possua esses atributos conhece Deus e está a seu serviço.
Na primeira homilia de seu pontificado, o Papa Leão disse: “Com a luz e a força do Espírito Santo, construamos uma Igreja fundada no amor de Deus e sinal de unidade, uma Igreja missionária, que abre os braços ao mundo, que anuncia a Palavra, que se deixa inquietar pela história e que se torna fermento de concórdia para a humanidade.”
Que a força transformadora da paz de Pentecostes nos capacite a superar os maiores obstáculos e a viver o que o Papa Leão tão lindamente chamou em sua homilia de “a hora do amor!”.
Pintura da Ir. Marie-Françoise Lin, NDS