Instituto Bat Kol
Fundado em 8 de abril de 1983, pela Ir. Maureena Fritz NDS e Ir. Anne Anderson CSJ em Toronto – Canadá, o Instituto Bat Kol tornou-se uma organização sem fins lucrativos, registrada em Jerusalém-Israel em 1992. Hoje, o instituto é uma associação internacional de mulheres e homens cristãos que estão comprometidos em estudar a Palavra de Deus em seu contexto judaico e incorporar esses estudos em sua autocompreensão cristã, de maneira que respeita a integridade de ambas as tradições. Os ex-alunos fundaram centros nas Filipinas, África do Sul, Índia, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Irlanda, Brasil e em várias partes do mundo. O programa do Instituto Bat Kol foi estritamente integrado ao Instituto Ratisbonne, em Jerusalém (desde 1987), e agora, como instituto independente, mantém grande parte do currículo e do corpo docente ligados a Ratisbonne.
Todo mês de julho, o Instituto Bat Kol organiza intensos cursos de pós-graduação de um mês em Jerusalém, credenciados pela Universidade Gregoriana de Roma, pela Universidade de St. Michael’s College em Toronto, e por várias outras universidades internacionais.
Bat Kol é uma frase em hebraico que significa “filha de uma voz”. Ela é a filha da Voz de Deus e seus lugares de habitação variam dos mais altos das alturas do pensamento humano até o mais humilde dos corações da Terra. Nenhum lugar está fechado para a sua presença. Após a destruição do Templo em Jerusalém em 70dC, um de nossos antigos exclamou: “Ouvi uma voz divina cantando como uma pomba e dizendo: ‘Ai das crianças por causa de seus pecados’”.
Para mais informações: www.batkol.info
Instituto Ratisbonne
Religiosos de Nossa Senhora de Sion – Jerusalém
A casa foi fundada no século XIX. Esta casa, que era a única quando foi construída em uma colina de frente para a antiga cidade de Jerusalém, agora está no coração de Jerusalém.
Por causa da grande demanda no convento do “Ecce Homo” – a escola na Cidade Velha – a falta de espaço tornava impossível receber mais estudantes. Então o fundador, Pe. Maria-Afonso Ratisbonne, procurou um local adequado para a construção de uma escola grande. Assim, ele comprou a propriedade de um cristão ortodoxo e, em 1874, começou a construção da casa Ratisbonne, que seguiu em um bom ritmo. Pe. Maria-Afonso pediu a um arquiteto de Paris que desenhasse a planta do futuro estabelecimento, queria que fosse grande e bonito: grande porque pensava nas muitas crianças que estavam esperando para serem aceitas; e “bonito porque” – como seu arquiteto lhe disse, “o que é feio é tão caro quanto o que é bonito”. Dirigido pelas religiosas de Nossa Senhora de Sion, a casa Ratisbonne começou como uma escola primária para meninos. Essa escola também ensinou idiomas: francês, inglês, árabe e hebraico, além disso, ofereceu treinamento profissional em até 18 ofícios diferentes. A casa deveria servir a população local; o espírito que a animava era a abertura a todos: judeus, árabes cristãos e muçulmanos, e a todas as crianças que pudessem estudar ali até 1948.
Após a criação do Estado de Israel, a casa Ratisbonne tornou-se progressivamente um centro de estudos para os cristãos interessados em estudos judaicos. Em 1970, seguindo o ensinamento da Igreja Católica sobre a importância dos estudos judaicos para os cristãos, a casa Ratisbonne começou a ensinar de maneira mais especializada e tornou-se internacional e ecumênica. A fim de garantir a permanência e o desenvolvimento do Centro Cristão de Estudos Judaicos no Ratisbonne, a Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion deu a propriedade Ratisbonne à Santa Sé em 1984, com um contrato juridicamente correto e com clara condição de que a Santa Sé se comprometa a permitir que o centro viva e prospere. O Institut Catholique em Paris recebeu a responsabilidade acadêmica pelo Instituto. Os religiosos de Sion ainda estavam envolvidos com o trabalho no centro, mas sem responsabilidade direta.
Em 1998, o centro de estudos tornou-se um Instituto Pontifício. Três anos depois, em 2001, a Congregação para a Educação Católica decretou unilateralmente que o Centro Pontifício de Estudos Judaicos em Ratisbonne seria fechado. Entretanto, de acordo com o contrato com a Santa Sé de 1984, os religiosos de Sion mantiveram parte do prédio de Ratisbonne para viverem ali e realizar suas atividades comunitárias. Por isso, em seus quartos em São Pedro de Sion – Ratisbonne, a Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion reorganizou sua biblioteca, especializada em estudos judaicos, e incluiu um espaço para ensino.
Atualmente, estamos desenvolvendo atividades em torno do estudo por meio de cursos e conferências, e o espaço também serve como um local para a formação de irmãos e irmãs de Sion. De fato, continuamos com atividades que correspondem à nossa vocação, em relação com o povo judeu e de acordo com as diretrizes da Igreja Católica desde o Concílio Vaticano II. (Br. Elio PASSETO, NDS)
Fraternidade Judaica Cristã no Brasil
Em relação ao Conselho de Fraternidade de Cristãos e Judeus (CFCJ), oferecemos-lhes espaço para as suas reuniões mensais, além de sua biblioteca em nossa escola em São Paulo – Brasil. Nossas salas de aula e outras salas tornam-se espaços para conferências sempre que necessário. Como estamos muito próximos das principais ideias do CFCJ sobre o Diálogo Inter-religioso, enviamos anualmente uma das nossas irmãs de Sion para a Conferência organizada pelo Conselho Internacional de Cristãos e Judeus.Estas reuniões acontecem geralmente em algum país europeu, com resultados muito interessantes. Tanto quanto possível, nossa Congregação ajuda o CFCJ com suas despesas financeiras. Somos convidadas e participamos das duas principais atividades organizadas pelos voluntários do grupo CFCJ, principalmente nos Eventos da Páscoa e Natal / Hanukkah (Míriam Markus – Presidente).
Participar da Fraternidade Cristã-Judaica é importante para nós como irmãs de Sion porque temos um diálogo face a face com os judeus. Compartilhamos e refletimos sobre os problemas da sociedade e os dramas da humanidade. Podemos nos conhecer mais, nos respeitar mutuamente, trabalharmos juntos para construir a justiça, o amor e a paz. Temos a oportunidade de crescer em um bom entendimento sobre a história judaica, o holocausto e o impacto do antissemitismo em suas vidas e comunidades. Nós como irmãs, como membros, preparamos e celebramos as festas religiosas comuns a judeus e cristãos como Pessach e Hanukkah. Há um número crescente de judeus interessados em participar dos eventos promovidos pela Congregação em São Paulo. (Sr. Cristiane, NDSion).