Espiritualidade

Cruz da Congregação

Cross of the Congregation

No capítulo geral de 1980 nossa Congregação refletiu sobre a necessidade de ter novos símbolos que expressassem melhor o Carisma dado ao Pe Teodoro.

 

  • Um símbolo mariano: No nosso anel está escrito: IN SION FIRMATA SUM, passagem das Sagradas Escrituras que a Igreja aplica a Maria. O anel é um símbolo do nosso compromisso definitivo, tanto no sentido bíblico quanto no sentido pessoal.
  • Um sinal cristológico: na parte da frente da medalha tem uma cruz simples de “glória” em conformidade com a teologia do Concílio Vaticano II e da Igreja primitiva. Na parte de trás tem escrito NDS que indica o nome da Congregação.

A cruz que usamos no momento foi criada em Lyon pelo artista Daniel DARNAS. DARNAS é especializado em arte religiosa, estudou cuidadosamente “quem somos como congregação” e criou um objeto cujos elementos são muito significativos para nós:

  • A cruz escavada do metal simboliza tanto a realidade interior como o mistério do “ainda não” das promessas de Deus. Sabemos que “um dia todos os povos invocarão o Senhor com um só coração”, mas não sabemos quando ou como isso será.
  • Os braços da cruz são iguais, muito parecidos com os das cruzes das Igrejas Orientais, expressando abertura a todos os povos, orientais e ocidentais, judeus e gentios.
  • A cruz sem o Cristo simboliza o mistério da morte e da ressurreição – o mistério central da nossa fé
  • A base da cruz simboliza dois pés: a pessoa humana em pé e salva
  • A corrente da nossa cruz nos conecta com Cristo
  • A cruz está dentro e um círculo, símbolo de plenitude.

    Cross of the Congregation, reversed side with NDS (Notre Dame de Sion)

O monograma NDS é o nosso nome Notre Dame de Sion – Nossa Senhora de Sion.

 

 

In sion firmata sum

“In Sion Firmata Sum” é o nosso lema, gravado no anel das irmãs da Congregação Nossa Senhora de Sion. Recebemos esse anel nos votos definitivos

Em Eclesiástico 24:10, Sion (ou Zion em hebraico) é a colina do Templo de Jerusalém, o lugar onde o Senhor está presente no meio do povo. Esse é o significado encontrado várias vezes em 1 Mac. 4:37; 5:54; 10: 10-13.

Originalmente, Sion era o nome da fortaleza jebusite conquistada por Davi (cf. 2 Samuel 5: 9) situada na área norte mais alta que hoje, por sua vez, se chama Ophel. Uma vez que a cidade foi tomada, David nomeou-a como “Cidade de Davi”. Na época do livro de Eclesiástico e do autor de 1 Macabeus, o nome Sion estava mais ao norte e designava a colina onde Salomão construiu o Templo.

Durante o tempo do autor de Macabeus, o nome “Cidade de Davi” também mudou sua localização (1:33), e segundo alguns, foi então designada para o promontório íngreme no lado oeste da esplanada do Templo, além do Vale do Tyropeon.

Por muitos séculos e até hoje, esses dois nomes estão localizados no lado oeste de Jerusalém. A cidadela de Davi, os restos da fortaleza jebusite a que foi dado o título “Cidade de Davi”, fica ao lado do Portão de Jaffa. Enquanto Sion ou “Monte Sião”, nome dado pelo menos desde o século IV dC, fica no Sudoeste da atual Cidade Velha (onde os restos do Cenáculo estão localizados hoje).

(De acordo com as anotações de Ir. Magda, que estava em diálogo com o artista e com a carta de Ir. Kay, nº 53).

 

 

Maria Filha de Sion

Maria é explicitamente a Filha de Sion no relato da Anunciação: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo” (cf. também em Sofonias 3: 15-17).

De acordo com a passagem da Visitação (Lucas 1: 39-56), Maria é Sion, em referência ao Templo, o santuário da Presença divina da Arca da Aliança. Lucas obteve sua inspiração a partir do relato da ascensão da Arca à Jerusalém (2 Sm 6: 1-19).

Maria também é Sion através de sua presença no Cenáculo. Se Sinai é a montanha da revelação especial de Deus para Israel, Sion é vista pelos profetas como a montanha para o fim dos tempos, a montanha que tem uma vocação universal, o lugar onde todas as nações serão reunidas e onde a Torá será dada a todos os povos (Is 2; Is 25; Is 60, etc…). E a proclamação da boa nova ao mundo inteiro, no sopro do Espírito Santo, que sairá do Cenáculo, o lugar onde o pequeno grupo de apóstolos estava reunido em torno de Maria, que representa Israel.

As duas montanhas são importantes, elas manifestam etapas necessárias na história da revelação de Deus, que acompanha a história humana com sua Presença amorosa e que não deixa de nos surpreender com a eterna novidade.

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